O que é?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), é um transtorno neurobiológico, que atinge várias partes do cérebro, causando falta de atenção, desinteresse, inquietude, impulsividade.
Geralmente aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Vale ressaltar que esse transtorno não é adquirido, o indivíduo nasce com o mesmo e com o tempo os sintomas vão aparecendo.
Causas
Existem pesquisas por todo o mundo, onde procuram saber a causa do desenvolvimento de TDHA, a maioria dessas pesquisas apontaram que as causas do TDHA são multifatoriais, entre eles a base orgânica neurológica, a hereditariedade, o que é ingerido durante a gravidez, sofrimento fetal, problemas familiares, e até mesmo a exposição ao chumbo poderá causar no bebê a probabilidade maior de desenvolver esse transtorno, entre outros.
Sintomas
Os sintomas podem ser identificados na infância, muitas vezes os pais, professores, identificam a falta de interesse expressiva da criança, falta de atenção nas atividades desenvolvidas, inquietude e a impulsividade.
A pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:
Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou professional
Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes
Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.
O DSM-5 tem alguns critérios que definem o diagnóstico de uma criança ou adulto com TDAH.
Em primeiro lugar, é necessário que a pessoa apresente um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfira no funcionamento e no desenvolvimento. Para tanto, ela precisa apresentar sintomas destes dois aspectos.
Sintomas comuns de desatenção:
-Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades;
-Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
-Não escutar quando lhe dirigem a palavra;
-Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho;
-Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades;
-Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.);
-Perder objetos necessários às tarefas ou atividades;
-Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados);
-Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.;
Sintomas comuns de hiperatividade e impulsividade:
=Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira;
- Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.);
-Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude;
-Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente;
-Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc;
-Falar demais;
-Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros;
-Ter dificuldade de esperar a sua vez;
-Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir;
Em geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes (com mais de 17 anos), é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.
Tratamento
Apesar desta complexidade, há diversas alternativas de tratamento, que podem aliviar os sintomas, melhorando muito a qualidade de vida. Mesmo que não possa ser "curado", o TDAH pode e deve ser bem gerenciado.
O tratamento do TDAH requer uma abordagem multidisciplinar, com vários profissionais da saúde, como médicos, neurologistas, psicólogos e psiquiatras.
A Psicoterapia Comportamental tem sido um tratamento bastante eficaz na reversão dos sintomas do Distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade. Por meio da Psicoterapia Comportamental, o cliente irá encontrar maneiras de redirecionar sua atenção, mudar o modo de como se sente, aprender estratégias de resolução de problemas, monitorias, controle de tempo e de raiva, assim como controle de agressividade.